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domingo, 25 de abril de 2010

Lee Enfield Mk III

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O Rifle Lee Enfield SMLE Mk III equipava as tropas Britânicas e os países do Commonwealth durante o conflito. Conhecido como “o 303” era capaz de, com um soldado experiente, disparar até 30 tiros em um minuto, pois utilizava um carregador com 10 projéteis ao contrário dos demais modelos carregados com 5 projéteis e seu ferrolho tinha uma ação rápida e suave. Com esta alta taxa de tiro, juntamente com sua precisão, se tornou superior aos outros.  Certa vez em um ataque, os Alemães reportaram que foram detidos por um pelotão de metralhadoras quando, na verdade, era simplesmente um grupo muito bem treinado de atiradores com rifles Enfield Mk III. Foram produzidos em torno de 3.000.000 de unidades

Calibre: .303 (7,7 mm)
Peso: 3,93 kg
Comprimento: 1.133 mmm
Comprimento do Cano: 640 mm
Velocidade do Projétil: 744 m/s
Alcance Efetivo: 503 m
Alcance Máximo: 2.000 m

Webley & Scott Mk VI

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Fabricado pela empresa Webley e Scott à partir de 1914, foi o revólver padrão do Exército Britânico e tropas da Commonwealth durantes a guerra. O Webley provou ser uma arma precisa, potente, confiável e resistente. Disparar este revólver, devido ao calibre, necessitava de um braço forte, porém para o combate no ambiente estreito das trincheiras provou ser uma arma extremamente útil. Vários acessórios foram desenvolvidos para ele: uma baioneta, um speedloader (Dispositivo Prideaux) que era um dispositivo para o municiamento mais rápido e uma culatra que o transformava em uma carabina.

Calibre: 11,5 mm (.455)
Peso: 1,09 kg
Comprimento: 286 mm
Comprimento do Cano: 152 mm
Cadência de Tiro: 20-30 p/min
Velocidade do Projétil: 190 m/s
Alcance Efetivo: 30 m
Alimentação: 06 cartuchos

sábado, 24 de abril de 2010

Schlanke Emma

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Obuseiro utilizado pelo Império Austro-Húngaro construído pela empresa Skoda cuja denominação oficial era:  Belagerungsmörser 30,5 cm M11. Seu transporte era feito em três seções por um caminhão Austro-Daimler  e montado no local de combate. No início da guerra oito foram emprestados ao Exército Alemão que os utilizou, juntamente com os Big Bertha, para a destruição dos anéis de fortalezas Belgas. Foram usados também em vários teatros da guerra contra os Russos e Italianos. Disparava dois tipos de munição: Projétil de 384 kg com ação retardada que podia atravessar até dois metros de concretos antes de explodir e projétil de 287 kg equipado com uma espoleta de impacto. Este último era capaz de abrir uma cratera de 8 metros de largura por 8 de profundidade e matar soldados que estivessem até 400 m do local de impacto. Em 1916 foi feito um novo modelo, M11/16, onde a plataforma de tiro podia girar transversalmente em 360º, também neste ano outro modelo, M16, foi lançado com alteração em sua cano permitindo que os disparo do projétil chegasse a 13.500 m. Até o final da guerra foram produzidas 79 destas armas.

Calibre: 305 mm
Peso: 20.830 kg
Comprimento Cano: 3,05 m
Guarnição: 15-17 Homens
Ângulo de Tiro: 40º a 70º – Transversal: 120º
Cadência de Tiro: 10 p/h
Velocidade do Projétil: 340 m/s
Alcance Efetivo: 9.600 m
Alcance Máximo: 11.300 m

Bergmann MP 18

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Utilizada pelo Exército Alemão, foi desenhada por Hugo Schmeisser e produzida pela Bergmann Waffenfabrik no ano de 1918 com a designação oficial de Maschinenpistole 18.I. Também conhecida como Bergmann Muskete, foi a principal arma dos batalhões denominados Sturmtrupp (tropas de assalto), especializados em incursões e evacuações de trincheiras. Seu conceito era de uma arma leve com alta cadência de tiro e operada por um soldado; o que acabou sendo amplamente provado no seu uso em combate. Foi uma arma revolucionária em se tratando de combates que se davam em ambientes em que os inimigos estavam a poucos metros um do outro o que a tornou referência para as armas de sua classe que seriam construídas futuramente. Uma desvantagem era seu carregador, Trommelmagazin 08, (chamado de caracol devido ao seu formato) que era difícil de ser levado, e para ser recarregado, necessitava de uma ferramenta especial (ladergerät). Esta arma marcou o surgimento da sub-metralhadora blowback (recuo livre).

Calibre: 9 mm Parabellum
Peso: 4,19 kg
Comprimento: 832 mm
Comprimento do Cano: 196 mm
Velocidade Projétil: 395 m/s
Cadência de Tiro: 450-500 p/min
Alcance Efetivo: 70 m
Alimentação: Carregador de tambor com 32 cartuchos

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Gamma Möser

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Obuseiro de cerco, também chamado de Gamma Mörser, cuja denominação oficial é 42 cm Kurze Marinekanone L/16, desenvolvido pela Krupp ante do início da guerra com a finalidade de destruir fortalezas inimigas. Foi o terceiro projeto desenvolvido pela Krupp, daí seu nome “Gamma-Gerät (Gama Dispositivo)”, Para transportá-lo era dividido em dez partes e montado em uma plataforma de concreto que exigia um extenso planejamento logístico, pois o concreto depois de pronto necessitava até uma semana de cura antes da arma poder ser montada em sua base. Depois da plataforma pronta ainda era necessário mais dois dias para montar o obuseiro. Existem discordâncias entre as fontes de pesquisa, porém acredita-se que foram construídas até dez destas armas. Apenas um sobreviveu à guerra, pois estava escondido nos campos de teste da Krupp; este acabou sendo utilizado para atacar a Linha Maginot, a fortaleza de Sebastopol e bombardeio de Varsóvia durante a Segunda Guerra Mundial.
CARACTERÍSTICAS:
Calibre: 402 mm
Peso: 140.000 kg
Peso Projétil: 886 kg
Velocidade Projétil: 420 m/s
Comprimento do Cano: 6,72 m
Ângulo de Tiro: +43º à +75º (Transversal: 46º)

domingo, 18 de abril de 2010

Mitrailleuse St. Etienne Mle 1907

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Foi um projeto do governo Francês e fabricada pela Manufacture d’Armes St. Etienne – MAS (daí seu nome). Era uma arma de montagem bastante complexa e nada confiável Seus componentes mecânicos emperravam constantemente no ambiente enlameado das trincheiras e também sofria super-aquecimento devido a baixa qualidade do aço usado em sua construção; acabou sendo um verdadeiro fracasso. À partir de 1916 foram retiradas da linha de frente e transferida para unidades de retaguarda, para as colônias francesas e o Exército Italiano. Tinha uma característica interessante que era o ajuste no cilindro de gases com o qual poderia variar a cadência de tiro.
Calibre: 8 mm Lebel
Peso: 25,73 kg
Comprimento: 1.180 mm
Comprimento do Cano: 710 mm
Alimentação: faixa de metal c/ 24 ou 30 cartuchos e cinta c/ 300 cartuchos.
Cadência de Tiro: 400-500 p/min
Velocidade do projétil: 700 m/s
Alcance: 2.000 m

Hotchkiss Modelo 1914

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A Hotchkiss Mle 1914 foi a metralhadora padrão do Exército Francês durante a Guerra e também equipou as forças Britânicas, Gregas e Americanas. Fabricada no início do século XX pela empresa francesa Hotchkiss et Cie é a precursora das metralhadoras acionadas à gás. Montada em um tripé era robusta, precisa, confiável  e com um funcionamento regular mesmo nas mais difíceis condições de combate. Seu projeto inicial previa a alimentação com uma faixa rígida de metal de 24 ou 36 cartuchos, o que logo mostrou ser uma falha notável que foi corrigida em 1915 com a introdução de uma cinta com 249 cartuchos. Também foi utilizada como arma anti-aérea. A deficiência desta arma era seu peso total depois de montada que ficava em torno de 45 kg e era um problema para as tropas de infantaria de móvel.

Calibre: 8 mm Lebel
Peso: 23,60 kg
Comprimento: 1.310 mm
Comprimento do Cano: 785 mm
Velocidade Projétil: 724 m/s
Cadência de Tiro: 450-600 p/min
Alcance Efetivo: 1.200 m
Alcance: Efetivo: 2.000 Máximo: 5.500 m

St. Etienne

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O Revólver St. Etienne Mle. 1892, fabricado por Manufacture d’Armes St. Etienne, foi utilizado ostensivamente pelo Exército Francês durante a guerra. Inicialmente utilizado por oficiais de infantaria, foi posteriormente distribuído as demais unidades militares.

Calibre: 8 mm
Comprimento: 240 mm
Comprimento do cano: 117 mm
Peso: 840 g
Velocidade Projétil: 218 m/s
Capacidade: 06 Cartuchos
Alcance Efetivo: 25 m

domingo, 11 de abril de 2010

Lebel M1886

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Este fuzil é a atualização do Gras M1874 atualizado para uso com carregador tubular de 8 cartuchos, que era encaixado debaixo do cano. Isto, e o fato de que o M1886 foi o primeiro fuzil a usar pólvora sem fumaça junto com um projétil de 8 mm, tornavam o armamento extremamente avançado para sua época. Porém era uma arma pesada para usar e o carregamento dos cartuchos era demorado e não muito prático. Seu mecanismo era sensível a sujeira, um grade problema no ambiente lamacento das trincheiras. Em contrapartida seu acabamento era muito bem feito e era bastante resistente. Foi o fuzil padrão do exército Francês durante toda guerra. Tinha

Calibre: 8 mm lebel
Comprimento: 1.307 mm c/ Baioneta: 1.825 mm
Comprimento Cano: 800 mm
Peso: 4,28 kg c/ Baioneta: 4,65 kg
Velocidade Projétil: 701 m/s
Alcance Efetivo: 250 m
Alcance Máximo: 2.000 m
Cadência de Tiro: 8-10 p/min

Char Saint Chamond

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O St. Chamond foi o segundo modelo de  tanque Francês a entrar  em  ação  durante a guerra  com   um desenho totalmente diferente de outros tanques em operação na época. Criado em 1916, foi equipado um com canhão de modelo 1897 de 75 mm e quatro metralhadoras de 8 mm Hotchkiss, duas na frente, uma na lateral e uma na parte traseira. Era dotado de um motor Panhard-Levassor de 90 hp (67 kW) que, juntamente com sua incomum transmissão elétrica Crochat-Collardeau, pesava 5.100 kg. Devido a seu tamanho teve muitas dificuldades em atravessar obstáculos nos campos de batalha, o que acabou ocasionando reações negativas por parte de sua tripulações; facilmente enterrava seu canhão no chão durante o deslocamento em locais que não fossem planos. Em situações onde tinham mais mobilidade foram bastante eficazes na destruição das posições da artilharia alemã. Devidos a essas limitações, muitos foram convertidos em veículos para transporte de suprimentos. Sua guarnição era composta de: Motorista/comandante, artilheiro, carregador, assistente de artilheiro, três metralhadores e tripulante reserva/mecânico.

Peso: 23.400 kg
Comprimento total: 8,83 m
Comprimento do casco: 7,91 m
Largura: 2,67 m
Altura: 2,34 m
Blindagem: 11-19 mm
Velocidade: máxima na estrada de 8,5 km/h
Autonomia: 59,5 km

Soixante Quinze

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Desenvolvido na década de 1890, o “75” mm francês marcou uma mudança revolucionária no design da artilharia de campo   sendo, devido a isso, considerado uma das armas mais famosas de todos os tempos. Tornou-se um símbolo do poderio militar francês ficando conhecido pelos franceses como “nosso glorioso setenta e cinco”. Seu grande diferencial era o mecanismo de recuo hidráulico que o capacitava a um disparo muito rápido e preciso sem a necessidade de apontar o canhão após cada tiro. Esta arma teve grande sucesso na batalha do Marne (1914), tanto no apoio da infantaria que atacava quanto em deter os avanços alemães com rodadas de estilhaços de bomba. Foi uma arma devastadora contra ondas de ataque de infantaria em campo aberto. Contudo, faltava a ele potência e trajetória alta para ser eficaz contra sistemas de trincheiras bem feitos.

Calibre: 75 mm
Comprimento do Cano: 2,70 m
Peso: 1.544 kg
Alcance Efetivo: 7.500 m
Cadência de Tiro: 15 p/min
Velocidade Projétil: 529 m/s
Guarnição: 06 Homens
Ângulo de Tiro: –11º à 18º (Transversal: 6º)
Peso Projétil: 7,25 kg (Estilhaços) 5,30 kg (Explosiva)

sábado, 10 de abril de 2010

Tsar Tank

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Também conhecido como Nepotir, este veículo, um dos mais estranhos que já vi, foi construído pelo Engenheiro Russo Nicolay Lebedenko para ser uma das armas definitivas da 1ª. Guerra Mundial, mas acabou como um monumento ao fracasso, uma vez que foi considerado inútil já na sua viagem de teste inicial. Foi construído entre os anos de 1914 e 1915 por uma equipe de engenheiros russos que esperavam que este veículo pudesse atravessar praticamente todos os obstáculos devido a configuração de suas rodas; as dianteiras tinham cerca de 9,00 m de diâmetro enquanto a traseira media 1,50 m. Sua propulsão era feita por dois motores Maybach de 240 hp ( um para cada roda), que na época era o padrão de qualidade e confiabilidade em motores, alcançando uma velocidade máxima de 17 km/h. Podia comportar armas em sua torre central (metralhadoras Maxim de 7,92 mm e 01 canhão de 150 mm) e também na parte exterior da armação poderiam ser afixadas metralhadoras. Quando ficou pronto, em meados de 1915, a multidão ficou empolgada com sua imponência, mas quando estava sendo conduzido em seu primeiro teste sua roda traseira ficou presa em uma vala da qual não saiu mais; seus motores não tinham potência necessária para tracionar suas rodas para fora daquele obstáculo. Assim terminou a breve história de nosso estranho veículo que ficou ali até 1923 quando foi desmontado e virou sucata.

CARACTERÍSTICAS:
Peso: 60.000 kg
Altura: 9 m
Largura: 12 m
Comprimento: 17,80 m
Guarnição: 10 Homens

Luger Parabellum P08

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Esta pistola automática foi adotada pelo Exército Alemão em 1908 (daí o nome P08) e aproximadamente dois milhões de unidades foram fabricadas entre 1914 e 1918. Sua verdadeira definição técnica era P08 Parabellum-Pistole (Pistola Parabellum), termo oriundo do latim. A Luger teve suas origens em um projeto inicial de Hugo Borchardt em 1893. Mais tarde foi patenteada por George Luger que a aprimorou e desenvolveu para produção em série. A produção inicial foi feita pela fabricante de armas Deutsche Waffen und Munitionsfabriken (DWM), a partir de 1900. Estima-se que foram produzidas em torno de 35 versões diferentes, por diversos fabricantes. A Marinha Alemã (na época Germânica) faria a primeira encomenda em 1904 (seguindo-se outras em 1906 e 1908), seguida pelo Exército em 1908. No entanto, os alemães acabaram criando variações específicas para cada força armada, devido ao emprego que previam para essas armas. A Luger foi popular durante a Primeira Guerra Mundial utilizada principalmente pela infantaria do Exército Alemão; inicialmente utilizava calibre 7.65x22 mm Parabellum, a partir da qual seria modificada para 9x19 mm Parabellum, sendo desenvolvido um novo cartucho. Esta conjugava perfeitamente precisão, velocidade e poder de parada. Junto do já mencionado 7,65 mm Luger, estes seriam os dois únicos calibres empregados pela Luger ao longo de sua história. Este modelo de cartucho (9 mm) seria no futuro padrão para a maioria das pistolas automáticas que viriam a ser fabricadas. Como pistola militar, a Luger não justificava a reputação que granjeou. É elegante, boa de manusear e atira com precisão, mas sofre de várias limitações para ser considerada uma boa arma militar. Sua fabricação é bastante dispendiosa devido ao mecanismo ter muitas peças miúdas que requerem usinagem e montagem cuidadosas e as molas têm de ser fabricadas com certo cuidado. O sistema de culatra articulável é sensível às variações da potência do cartucho, o que pode emperrar o funcionamento da arma. Lama, poeira, gelo e neve também provocam enguiços, pois uma vez que o mecanismo não é coberto, nada impede que esses agentes penetrem nele.

Calibre: 7,65 e 9 mm
Comprimento: 233 mm
Comprimento Cano: 102 mm
Peso: 877 g
Velocidade Projétil: 381 m/s
Alimentação: Carregador c/08 cartuchos
Alcance Efetivo: 50 m

Paris Gun

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O Kaiser Wilhelm Geschütz, também chamado de Paris Gun ou Paris Geschütz, foi um canhão de longo alcance instalado em um reparo ferroviário, usado pelos alemães em 1918 para bombardear Paris; sendo utilizado dentro das linhas Alemãs entre os meses de março e agosto deste ano. Foi um projeto ambicioso, que pretendia bombardear um alvo a 130 km de distância da frente alemã (até esta data, o máximo que um obuseiro alcançara foi 95 km). Quando foi utilizado pela primeira vez, os Parisienses acharam que tinham sido bombardeados por um novo tipo de Zeppelin de alta altitude, uma vez que nem o som de um avião, nem de uma arma pode ser ouvido. O canhão Kaiser era, na verdade, um obuseiro (tubo que dispara projéteis em trajetórias parabólicas). Causou um grande impacto sobre a moral do mundo pelo seu feito inédito, pois suas granadas detinham o recorde de altitude de um artefato lançado pelo homem (42 km de altitude), recorde este que só foi quebrado em fins de 1944 pelas bombas V2. O Paris Gun foi uma arma como nenhuma outra, mas as suas capacidades reais não são conhecidas ao certo, pois foi levada de volta a Alemanha em face da ofensiva dos Aliados no final da guerra, destruída e aparentemente seus planos também. Os números anunciados para a arma como: tamanho, alcance e desempenho variam muito, dependendo da fonte consultada, nem mesmo o número de cartuchos usados é certo(entre 320 á 367). Como seu projeto foi baseado em uma arma naval, era operada por uma guarnição de 80 marinheiros da Marinha Imperial sob o comando de um almirante e foi montado em uma base de concreto giratória sobre trilhos de trem. Quando posto em ação era rodeado por várias baterias de artilharia do Exército para criar um "ruído" no seu entorno para que não pudesse ser localizado por observadores franceses e britânicos. Quando disparado, seu projétil alcançava tanta altura que foi o primeiro objeto feito pelo homem que atingiu a estratosfera. Os engenheiros que trabalharam no canhão Kaiser descobriram que não importava a potência de um canhão, a resistência do ar sempre diminuiria o alcance teórico de suas granadas. Então, surgiu o conceito de obuseiro, um canhão que ao invés de mirar diretamente em seus alvos é apontado para cima, de forma a aumentar o alcance dos disparos e atingir os alvos a partir de uma mira indireta. E presumiram que, se a granada viajasse por uma zona atmosférica onde o ar fosse mais rarefeito, a resistência do ar não a brecaria com tanta força. Assim funcionava o Paris Gun: lançando as granadas para cima, elas atingiam Paris em 3,5 minutos, sendo dois desses minutos passados na estratosfera, onde a baixa pressão quase não interferia no desempenho dos projéteis. Para dar a força necessária, cada granada (que pesava 120 Kg) era disparada por 180 Kg de pólvora, que geravam uma pressão de 5.000 atm no projétil. Apesar de ter de fato atingido Paris, o projeto foi um relativo fracasso. Primeiro, porque sua precisão não era tão boa (em parte, por falta de tecnologia), mas principalmente por causa da pouca carga útil contida nas granadas (7 Kg), que poderiam ter causado melhores resultados. O tubo suportava até 65 tiros com o calibre aumentando a cada um. As granadas eram confeccionadas em calibres que variavam de 21 a 24 cm e precisavam ser disparadas na ordem correta.  No entanto, o objetivo alemão era construir uma arma psicológica para atacar a moral dos Parisienses e não para destruir a cidade em si. O incidente mais grave foi em 29 de março de 1918, quando um único projétil atingiu o teto da Igreja St-Gervais-et-St-Protais, desmoronando o telhado inteiro sobre os fiéis que assistiam uma missa ocasionando 88 mortes e 68 pessoas feridas. No total foram mortas 250 pessoas com ferimentos em outras 620. Sete destas armas foram produzidas e três entraram em ação.

Peso: 256.000
Calibre: 210 mm
Alcance Máximo: 131 km
Velocidade Projétil: 1.600 m/s
Comprimento: 28 m
Cadência de Tiro: 20 p/dia
ângulo de Tiro: 55º

Big Bertha

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Obuseiro super pesado desenvolvido pela fabricante de armamentos Krupp na Alemanha às vésperas da Primeira Guerra Mundial. Sua designação oficial era: L/12 42 cm M-Gerät 14 Kurze Marine-Kanone, o uso da nomenclatura “Marine-Kanone (Canhão naval)” destinava-se a confundir os inimigos da finalidade real da arma. Batizado como Big Bertha, em alemão Dicke Bertha, por seu designer, Fritz Rausenberger, em homenagem a Bertha Krupp herdeira e proprietária do império industrial Krupp. Posteriormente a alcunha de Big Bertha veio a ser aplicada pelos Aliados a qualquer arma Alemã muito grande, como a Max Langer e a Paris Gun o que não é a designação correta destas armas. Estritamente falando, contudo, Dicke Bertha, ou Big Bertha, só é aplicável ao obuseiro M-Gerät. Apenas duas armas estavam disponíveis no início da I Guerra Mundial e foram usadas para destruir as fortalezas belgas em Liège, Namur e Antuérpia e o forte francês em Maubeuge, bem como outros fortes no norte da França. Bertha se revelou muito eficaz contra as construções mais antigas, como as fortalezas belgas projetadas em 1880 por Brialmont, destruindo várias em poucos dias. O sucesso mais espetacular foi contra a fortaleza belga Fort Loncin que explodiu depois de receber um impacto direto em seu depósito de munições. O Big Bertha ganhou uma forte reputação de ambos os lados das linhas, devido aos seus primeiros sucessos impressionantes no esmagamento das fortalezas de Liege. Porém, quando usado mais tarde, durante o assalto alemão de Verdun em fevereiro de 1916, revelou-se ineficaz, pois a construção deste forte era composta de concreto reforçado com de aço, possibilitando resistir aos seus disparos. É provável que um total de 12, algumas fontes afirmam 18, obuseiros foram construídos durante a guerra e muitos foram destruídos nos campos e batalha devido à explosão de suas munições com defeito dentro dos canos.

A peça era transportada em cinco sessões, rebocadas por tratores Daimler Benz. O vagão nº 1 era o “Carro dos Acessórios”, que transportava o guincho usado para montagem, cordas, blocos, âncoras de terra além de outros pequenos componentes pequenos do reparo, como engrenagens, bandejas, etc. O vagão nº 2 era o da plataforma, que levava uma armação de aço em forma “U”; o vagão nº 3 transportava o berço do obuseiro e a pá da conteria especial do recuo; o nº 4 levava o reparo, e suas rodas traseiras eram as rodas normais do reparo, presas à conteira, com um par de rodas dianteiras fixadas para reboque e removidas quando a peça era embasada. O último vagão, de nº 5, carregava o tubo e o mecanismo da culatra. A guarnição para toda esta estrutura era composta por 200 artilheiros e 80 motoristas e mecânicos. Escolhida a posição para a montagem da arma o vagão nº 1 era descarregado rapidamente e o guincho de quatro pernas era erguido no chão da futura plataforma; em seguida, tendo se aproximado o vagão de nº 2, era guinchada a plataforma do canhão descendo-a ao solo, nivelando-a e orientado-a na linha de tiro. A seguir guinchava-se do vagão nº 3 a pá de recuo, que era colocado de um lado, e guinchava-se o berço, que ficava suspenso. Trazia-se o vagão nº 4, colocando-o sob o berço suspenso, a unidade da conteira e as rodas eram centradas na plataforma e fixadas, removiam-se as rodas de transporte e a seguir punha-se o berço no lugar, nos munhões do reparo. Para completar a montagem, o guincho fazia o tubo deslizar do transportador para o berço do reparo, onde era parafusado ao sistema de recuo. Então, por último, suspendia-se a pá, colocando-a na posição, e encaixava-se o aparelho de movimento horizontal, elevação e carregamento. A granada disparada pesava 820 kg e era propulsada por uma carga de 50 kg. Seu alcance máximo era de 9.370 m, porém sua maior precisão nos disparos era em distâncias menores de 8.680 m.

CARACTERÍSTICAS:
Calibre: 420 mm
Peso: 43.285  kg
Comprimento: 5,88 m
Elevação : +40º à 75º 
Transversal: 4º
Velocidade Projétil: 425 m/s

domingo, 4 de abril de 2010

Gewehr 1898

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Em Alemão Gewehr 98 significa Espingarda 98. Também conhecido como Mauser M1898 e G98 foi a arma padrão do Exército Alemão no período de 1898 até 1935. Projetada por Paul Mauser era uma arma potente e precisa, ideal para longo alcance e considerada um das melhores já feitas na história. Sua ação do ferrolho estabeleceu um modelo que é seguido até hoje. Mauser também revolucionou, à partir desta arma, em utilizar projéteis com pontas cônicas ao invés das redondas, que também contribuiu muito para sua precisão e velocidade. Porém era uma má escolha na luta corpo-a-corpo que se dava nas trincheiras devido ao seu comprimento e peso, problema comum aos demais rifles da época. Seu sucesso deveu-se também pelo seu design simples, material e produção de qualidade e confiabilidade do seu sistema de funcionamento. Podia ser acoplado ao fuzil uma baioneta, a Seitengewehr 98/05, de 14,5 polegadas chamada de “Butcher Blade” pelos aliados devido a sua forma distinta.  Na primavera de 1915, por serem extremamente precisos em seus testes de fábrica, foram selecionados 15.000 rifles para terem um mira telescópica (foto acima). Até o final da guerra um total de 18.421 armas foram dotadas de mira telescópica. Durante seu tempo de produção de 1898  à 1918 foram produzidas aproximadamente 5.000.000 de unidades. Durante a guerra prestou um serviço muito bom aos soldados que a manusearam
Calibre: 7,92 mm 
Peso: 4,09 kg
Comprimento: 1.255 mm
Comprimento do cano: 740 mm
Velocidade Projétil: 878 m/s
Alcance: Efetivo 500 m/; máximo: + de 1.000 m
Alimentação: Carregador c/ 5 cartuchos

Rumpler Taube

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Produzido em 1910 este frágil avião, parecido com um pássaro,  já era considerado em 1914 como um a espécie de antiguidade. Apesar disso, os Alemães e Austríacos o usaram como seu principal avião de reconhecimento durante os primeiros meses da guerra. Um até voou sobre Paris lançando bombas (lançadas à mão) e panfletos. Na frente oriental, os Taubes desempenharam um papel importante na campanha de Tannenberg fornecendo informações sobre o movimento dos Exércitos Russos. No teatro da Galícia, com maiores distâncias a serem cobertas, ele foi menos eficaz, devido a sua pouca autonomia de vôo. Em 1915 foram relegados ao papel de treinamento de pilotos. O controle de vôo era feito por deflexão, torcendo as asas e a cauda. Suas asas eram encapadas por pano de linho claro e era difícil de ser abatido a uma altura superior a 360 metros, pois o tornava muito difícil de ser avistado; devido à isso os Franceses o apelidaram de “avião invisível”. Durante os anos de 1910 à 1918 foram produzidas aproximadamente 250 aeronaves deste tipo.
CARACTERÍSTICAS:
Tripulação: 02
Comprimento: 9,90 m
Envergadura: 14,30 m
Altura: 3,20 m
Peso: 650 kg
Motor: Argus 4 ou 6 cilindros Mercedes Typ E4F, 99hp
Velocidade Máxima: 96 km/h
Autonomia: 140 km
Teto Serviço: 2.000 m